Meditação Mindfulness | Benefícios da atenção plena

“A respiração é a ponte que liga a vida à consciência, a ponte que une o seu corpo aos seus pensamentos. Sempre que sua mente torna-se dispersa, use sua respiração como o meio para tomar posse de sua mente novamente.” Thich Nhat Hanh

Uma das maneiras pelas quais as empresas estão promovendo mais qualidade de vida para sua equipe, é através de programas de meditação. Essa técnica, apesar de bem antiga, vem sendo muito utilizada atualmente para promover o equilíbrio emocional, aumentar o foco e a concentração dos colaboradores. Vem sendo estudada como uma importante ferramenta para o desenvolvimento da Inteligência Emocional.

Daniel Goleman, autor de diversos livros sobre Inteligência Emocional e Liderança, diz que o nosso cérebro funciona como um músculo, toda vez que a atenção divaga e você trás a atenção de volta, você está fortalecendo os circuitos cerebrais. As empresas vêm usando esta técnica porque querem seus colaboradores mais focados. Existem vários tipos de meditação, uma delas conhecida como meditação mindfulness vem sendo, atualmente muito utilizada nos ambientes empresariais.

Colocando em prática

                       Mindfulness é um estado da mente, que significa estar atento ao presente momento de forma intencional, e este estado pode ser treinado pela meditação mindfulness. Basicamente, trata-se de uma técnica, guiada por um profissional habilitado e capacitado, que faz com que, durante alguns minutos a pessoa foque toda sua atenção, por exemplo, na sua respiração (denominada de âncora atencional). Goleman afirma em entrevista para revista Exame, que treinar os colaboradores a se concentrarem na sua própria respiração, faz com eles se tornem mais focados. E consequentemente, uma equipe mais concentrada faz com que a empresa se torne mais próspera.

Três grandes erros, dentro deste contexto da meditação, acontecem muito e afastam as pessoas desta importante ferramenta para desenvolvimento da Inteligência Emocional:

1. Acreditar que meditar é não pensar em nada, que é deixar a mente em branco;
2. Acreditar que para meditar é preciso estar calmo. Ou ainda que meditar é para ficar calmo;
3. E acreditar que meditar precisa ser por longos períodos de tempo.

Desmistificando esses conceitos, meditar não é não pesar em nada e muito menos ter que deixar a mente em branco. Para meditar não precisamos estar calmos, e a meditação não irá nos deixar calmos. Meditar não precisa ser por longos períodos de tempo.

Meditar é decidir por certo período de tempo trazer a atenção para um foco, que pode ser a respiração. A nossa mente foi feita para pensar, não existe a possibilidade de não pensarmos em nada, de deixarmos a nossa mente em branco. O que existe é um treino, é uma observação dos nossos pensamentos, para que não sejamos levados por eles, para que possamos trazer a nossa atenção de volta, gentilmente e intencionalmente, por exemplo para a nossa respiração todas as vezes que os pensamentos divagarem. Isso é, em uma explicação simples, mas prática, a meditação.

Não precisamos estar calmos para meditar. A calma pode ser uma conseqüência da prática, mas não o objetivo dela. Para meditar, devemos nos sentar com o que está, do jeito que está e enquanto estiver, e como fazemos ao ouvir uma música, simplesmente ouvir, ou melhor, praticar, meditar.

Grande segredo – A manutenção viável da prática

E por último, o tempo da prática. Um dos maiores, se não o maior problema que afasta as pessoas da meditação. Os estudos têm mostrado que mesmo curtos períodos de tempo têm trazido muitos ganhos. Três minutos, apenas 3 minutos por dia já trazem benefícios. Não há necessidade de se praticar horas de meditação. É claro que se houver esse tempo, e se essa for a escolha, não só pode como deve ser realizada. Mas é muito melhor que seja aplicada aqui a ideia da constância, do dia a dia, do que a intensidade. Vale muito mais a ideia dos passos curtos mas firmes. Ou seja, é muito melhor praticar 3 minutos por dia, do que uma hora por mês, ou então, é muito melhor praticar apenas 3 minutos por dia do que não praticar nada.

Fazendo isso, dando passos curtos mais firmes, a meditação pode ser de uma forma leve e gostosa, incorporada no dia a dia.

Dra. Marina Campos – Aluna da EHumanas

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