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Mulheres no esporte (e na vida) – Persistência, resiliência e atitude!

03/06/2019

A expressão “virar a chave” está em alta, ela significa mudar a postura, o comportamento, as atitudes, mudar o tempo de agir e interagir, além de se colocar de forma contundente na sociedade.

Mas também poderia ser, virar a chave abrir a porta e se mostrar ao mundo de forma construtiva, produtiva e participativa, no lugar em que desejar estar lutando da forma que mais lhe agrada e arrebentando barreiras e paradigmas estabelecidos pela sociedade.

Quais suas mudanças, conquistas e limitações? As mulheres seguem em constante evolução….

As mulheres que praticam artes marciais desenvolvem uma enorme capacidade de persistência e resiliência, que auxiliam na tomada de decisão, na mudança de atitude, e na forma de reflexão, ação e interação com o outro.

Segundo dados do IBGE, 70% do público que pratica lutas e artes marciais é masculino. O que ainda nos tempos de hoje resulta em preconceito relacionado a atuação da mulher como líder no universo das artes marciais.

É preciso lidar com os questionamentos alheios

Um homem trajando uniforme de luta e com uma faixa preta na cintura, pode suscitar o seguinte pensamento “nossa ele deve ser muito forte, ele é fera e devo temê-lo!”. Mas ao ver a mesma cena num corpo que represente a figura da mulher, pode surgir outro pensamento do tipo “nossa, ela é faixa preta, que legal, será que ela sabe mesmo? Quem será o professor dela?”. Você já pensou sobre isso?!

A participação das mulheres no cenário das artes marciais tem aumentado, mas a mulher necessita pesquisar, estudar, treinar, se capacitar e provar que é tão digna quanto um homem para conquistar a faixa preta e o seu respeito.

Ao longo da história a prática esportiva sempre foi realizada e incentivada para os homens desde os Jogos Olímpicos da era clássica, já para as mulheres era proibida ou bem limitada, pois acreditava que elas não suportariam os esforços, e com a prática contínua, poderiam modificar seus corpos tornando-as masculinizadas, perdendo a delicadeza e as curvas do corpo feminino.

As mulheres conseguiram participar de forma extraoficial em alguns esportes competitivos, o golfe e o tênis, por não possuir contato físico e isso nos Jogos Olímpicos de 1900. Foi em Berlim, no ano de 1936 que as mulheres foram incluídas oficialmente como atletas olímpicas.

Mulheres no esporte - tenista Chalotte Cooper

A tenista britânica Charlotte Cooper entrou para a história ao se tornar a primeira mulher a conquistar o título de campeã olímpica, em 1908, em Paris.

E no Brasil, só na década de 30 que aconteceu o primeiro campeonato feminino de bola ao cesto em São Paulo, com as mesmas regras dos homens e duração de quatro períodos de dez minutos.

Maria Lenk

Em 1932, mesmo ano em que o voto feminino foi aprovado no Brasil, Maria Lenk foi a primeira mulher sul-americana a participar das olimpíadas. Não bastasse todas as dificuldades, o regime político também colaborou, pois em plena ditadura do Estado Novo, o artigo 54 do Decreto-Lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941, que vigorou até a década de 1970, limitava as modalidades liberadas para as mulheres.

Devido as limitações impostas na ditadura militar, o CND (Conselho Nacional de Desporto) delimitou a linha que segregava o esporte feminino brasileiro: “não era permitido que mulheres fizessem a prática de lutas de qualquer natureza, do futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, polo, rugby, halterofilismo e baseball”, dizia a deliberação nº 7 do conselho, e isso veio a ser suspenso só em 1979.

Taekwondo no Brasil

Em 1970 a arte marcial Taekwondo chegou ao Brasil, no bairro da Liberdade, trazida pelo Mestre San Mi Cho e era comum só homens praticarem. Porém nos anos 80 algumas mulheres começaram a praticar essa arte marcial, algumas porque eram casadas com mestres e professores e assim foram abrindo espaços para outras a começarem.

Nos anos 90, as mulheres começam a marcar presença em competições e a se tornarem faixas pretas. Ao perceber os benefícios que esta arte marcial proporciona, seja na melhora da coordenação motora, no afetivo social e no psicológico, além de proporcionar a capacitação em defesa pessoal, as mulheres começaram a crescer nesse ambiente. Ainda dominados por homens, mas com muita persistência a figura feminina vem conquistando seu espaço, se tornando professora, técnica, mestres e gestoras.

A conquista do direito das mulheres nas Olimpíadas.

Da para acreditar? Somente em 2012 as mulheres conquistaram o direito de participar de todas as modalidades olímpicas. Já nas olimpíadas do Rio de Janeiro aconteceu o feito: elas conseguiram efetivamente participar em todas as modalidades olímpicas.

Percebemos que, essa narrativa toda serve para demonstrar que a peregrinação da Mulher no Esporte como espectadora, praticante ou gestora é reflexo de uma construção histórica de exclusão, dificuldades e limitações, mas que vem se modificando lentamente com a capacidade de persistência e resiliência da mulher no âmbito esportivo.

 mulheres no esporte, michelle obama chuta bola

Vire a chave e permita se recompor através da perseverança

Que todas as mulheres possam experimentar algo novo dentro do esporte e das artes marciais, saindo da zona de conforto e jamais se colocando como “coitadinhas”. Seja e esteja onde seu coração desejar. Pratique esportes e desfrute dos benefícios que eles podem proporcionar a sua mente e corpo.

“Fracassar é parte crucial do sucesso. Toda vez que você fracassa e se recupera, exercita perseverança que é a chave da vida. Sua força está na habilidade de se recompor” (Michelle Obama).

Profª Mestra Joyce Vieira Martins dos Santos

Aluna EHumanas

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